sexta-feira, 23 de maio de 2014

DESCOBERTAS DE CANAÃ E EGITO



       


                                           CANAÂ

O nome de “Canaã” se aplica à terra que existe entre gaza ao sul e Hamã no norte, ao longo da costa oriental do Mediterrâneo (Gn 10.15-19). Os gregos, em seu comércio com Canaã, durante o primeiro milênio a.C. se referem a seus habitantes como fenícios, um nome que provavelmente teve origem na palavra grega para designar a “púrpura” (Ver Merrill F. Unger, “Israel and the Arameans of Damascus” (Londres, James Clarke & Co, 1957, p. 19.), uma tintura têxtil de cor avermelhada desenvolvida em Canaã. Já no século XV a.C. o nome “Canaã” se aplicava em geral à província egípcia na Síria ou pelo menos à costa fenícia, um centro da indústria da púrpura. Consequentemente, as palavras “cananeu” e “fenício” têm a mesma origem cultural geográfica e histórica. Mais tarde, esta zona se conheceu como Síria e Palestina. A designação “Palestina” tem sua origem no nome “filisteu”. – Ver Merrill F. Unger, “Israel and the Arameans of Damascus” (Londres, James Clarke & Co., 1957), p. 19.

Com a emigração de Abraão para o Canaã, esta terra chegou a ser o ponto focal do interesse no desenvolvimento histórico e geográfico dos tempos da Bíblia. Estando estrategicamente localizado entre os dois grandes centros que ninavam as primitivas civilizações, Canaã serviu como uma ponte natural que agia de ligação entre o Egito e a Mesopotâmia.

Conseqüentemente, não é surpreendente achar uma população misturada naquela terra. Cidades de Canaã, tais como Jericó, Dotã e outras, foram ocupadas séculos antes dos tempos patriarcais.
(James B. Pritchard. “Ancient Near Eastern Texts Relating to the Old Testament” (Prmceton University Press, 1955), p. 467.) Com o primeiro grande movimento semítico (amorreu) na Mesopotâmia, parece provável que os amorreus estenderam seus estabelecimentos para a Palestina. Durante o Reino Médio os egípcios avançaram seus interesses políticos e comerciais até chegar na Síria pelo norte. (Sinuhé, um oficial egípcio durante o Reino Médio, reflete o contato com os comerciantes egípcios e residentes na Palestina. Para uma tradução deste clássico egípcio, feita por John A. Wilson, ver James Bem. Pritchard, “Ancient Near Eastern Texts”, op. cit. pp. 18-22.) Muito antes de 1500 a.C., o povo de Caftor ficou estabelecido sobre a Planície Marítima. – Cyrus H. Gordon, “The world of the Old Testament” (Garden City, Doubleday & Co., 1958), pp. 121-122. Este povo não semita incluía também os filisteus.

Não menos entre os invasores, foram os hititas, que penetraram no Canaã procedentes do norte e apareceram como cidadãos bem estabelecidos quando Abraão comprou a cova de Macpela (Gn 23). Os refains, um povo algo escuro além das referências escriturais, tem sido recentemente identificados na literatura ugarítica. (Ibidem, pp. 97-98) Se conhece muito pouco a respeito dos outros habitantes que se anotam no relato do Gênesis. A designação “cananeu” muito verossimilmente abraça a mistura composta de gentes que ocupavam a terra na época patriarcal.

Fonte: A História de Israel do Antigo Testamento de Samuel J. Sch

 

 

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